Passos soltos num interior desdobrado
Não são os rios que não correm
é o sol que é meio decorado
Descobrir autenticidade num som com pouca sensibilidade
Mostra os dentes
Cruze os dedos obedientes
aperta a tampa na busca de um encontro
no olhar de lado a ver se sai melhor do que a voz desafinada
num passo descompassado que não vale nada
Perdição num sonho
para espanto do submundo
vá toca a corneta
super chupeta
horizonte que fez ponte com o pôr-do-sol
Cacique que se equivale ao soba na sanzala, bate pála Camarada
Chora ao picar a cebola e quiça fosse o limão da Mariquinha
Toda boazinha, mas não sabia o que a esperava
sorria, corria, lavava, safava
sacrifica por um microfixo móvel
Sobrou-lhe muito no céu, enquanto a terra dura era
o que é bom dura pouco e o pouco sabe a muito
muito mais ainda o tempo que não passo contigo
muito embora saiba falar sem gesticular
controlo a velocidade dos olhos e a do coração sem òculos....
Escrito por: Marlene Silva
1Abr11