Sentado diante da minha casa de barro
Puxo o meu rádio à pilhas com o meu cão rafeiro ao lado
Actualizo-me e não tenho muitas opções
Unica emissora radiofónica formata as minhas visões
mas continuo com a minha fé
Vejo a minha companheira cascar o milho frequinho
Hoje será cozidinho
Após às primeiras interacções com os meus
chegou a hora lutar para angariar mais piteus
Saio com a minha filha que sai para cartar àgua
Num local que já parece um rio
O frio é tão constante quanto a chuva
Não sei o que são esgotos como na cidade
as gotículas que Deus nos envia criam lagos para a nossa vaidade
variando o acesso às praias
mais frequentadas por cães em que um deles é o meu
Em dias como hoje já vivo a mais de 3 anos
Capinar na minha lavra para sustento meu e dos meus manos
Chego a casa e depois de um banho no meu W.C. improvisado com fohas de palmeira
Sento-me à sombra da bananeira a apreciar o meu caporroto
que rasga o meu íntimo meio roto, mas bem remendado
bem remendado, pondo-se novo automáticamente...
E assim continuo no meu Kimbo
Chama-me Kamussequele!
Writen by: Marlene Silva
Location: My Limbo (Luanda-----» PA)
24Jan11
Sentado no Kimbo
13:09 |
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