Sim, perco-me quando escrevo
um pouco do que observo e sinto
Foco-me no que me faz bem à alma
e encontro a coerência incoerente à distância
instância superior que não me oprime
sublime sensação que me torna mais firme
para o dia a dia
para a necessária energia
que mantêm acesa
a luz das ideias que surgem sem razão e incentiva a mão a dançar conforme a mente pretende então
Sim, perco-me quando escrevo
e encontro-me ao mesmo tempo em cada relevo
levo em conta o meu passado (história),
a consistência é mais forte do que aparenta
sustentada por alicerces fundamentais é brava por si só
Da costela vim, em pó me tornarei disso eu sei
Viverei como puder, pesarei o que não pesei
Soltei o sol e a lua faz-me companhia
madrugadas a frio, grilo e imensas melodias
Salpico a água que escorrega sobre meu rosto em cada contorno
contorno a má vibe com um sorriso e assim me recomponho
componho dias mais humanos
e a vergonha não me intimida
considero-as como o vento, voltam sempre mas nunca são os mesmos
Sim, perco-me quando escrevo
e até faz-me bem
Vida-Poesia-Escrita-Leitura-Música-Sabedoria-Amor
Amor-Vida-Poesia-Sabedoria-Leitura escrita com dor
Escrito Por: Marlene Silva
20'Mai'11