Um segundo, Uma eternidade!

O salário é a morte
sem saber que vivemos sem norte

Um segundo é uma eternidade
A treva na sua imensa profundidade

A luz se apaga quando se desiste
1, 2,3 sêculos e realmente ele existe

Dá-nos fôlego ao pouco que nos resta
e tentamos viver a vida que não é bem uma festa

Mão na testa
Punho serrado
assaltados por alguém à destra
mas o coração nunca foi separado

Os números não contam quando a intensidade fala mais alto
a notoriedade perde a conta e desponta a sede pelo asfalto

Alto fardo, pesado o encargo
barco sem marinheiro
sniper com tiro certeiro

Solista e a voz já gagueja menos
Massagens verbais através de pormenores pequenos

Acenar a cabeça, mensagens em silêncio
o dia se fez novo e o dia anterior é um prémio

Dream come true
Como um dia tão belo como tu
e as sequelas ficam
enquanto os cordeirinhos suplicam
enquanto as flores derramam
o lado doce que emanam


De sol a sol
com o coração livre de álcool

Escrito por:
Marlene Silva
2-Mai-11


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