O sol mostrou o seu rosto
com um ar bem disposto
entristeceu-se depois de observar a quem ilumina
Círculo bem definido, melhor do que a menina dos olhos de ouro
Fazendo fileiras angolanas em direcção ao contentor de lixo
em busca de um tesouro
que sequer se quer evidente
Parecendo ratos dentro de uma caixa da qual procuramos sair e explorar melhor a nossa mente
Em busca de um queijo que vem a gotejar
o manjar já falta no prato
e o pranto alimenta a alma
aspirando por dias com mais calma cuja fama está distante
Amante de defensores
a etiqueta tornou-se um dos opressores
à originalidade que nos cabe no coração
A circulação sanguínea já começa a falhar
e bombeamos para não deixar estraçalhar
a nossa real convicção
pingos na contra-mão
Os traseiros à mostra não aparentam falta de vergonha
é o indício de quem deixou de acreditar na cegonha
Sonha e lute
Disponha e disfrute
do teu direito meio torto que ainda te cabe no peito
jeito que se vai amadurecendo
através do que se vai vivendo e vendo
Vendo os meus olhos e ratreio com os sentidos
fortalecidos pelos mais temidos instantes do quotidiano profano
que se quer mais humano mesmo sendo envenenado
chegar ao porto seguro à nado
Escrito por: Marlene Silva
4-Mai-11
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