Coerência à distância |Poema de Marlene Silva

Sim, perco-me quando escrevo
um pouco do que observo e sinto

Foco-me no que me faz bem à alma
e encontro a coerência incoerente à distância
instância superior que não me oprime
sublime sensação que me torna mais firme
para o dia a dia
para a necessária energia
que mantêm acesa
a luz das ideias que surgem sem razão e incentiva a mão a dançar conforme a mente pretende então



Sim, perco-me quando escrevo
e encontro-me ao mesmo tempo em cada relevo
levo em conta o meu passado (história),
a consistência é mais forte do que aparenta
sustentada por alicerces fundamentais é brava por si só

Da costela vim, em pó me tornarei disso eu sei
Viverei como puder, pesarei o que não pesei

Soltei o sol e a lua faz-me companhia
madrugadas a frio, grilo e imensas melodias


Salpico a água que escorrega sobre meu rosto em cada contorno
contorno a má vibe com um sorriso e assim me recomponho
componho dias mais humanos
e a vergonha não me intimida
considero-as como o vento, voltam sempre mas nunca são os mesmos


Sim, perco-me quando escrevo
e até faz-me bem
Vida-Poesia-Escrita-Leitura-Música-Sabedoria-Amor
Amor-Vida-Poesia-Sabedoria-Leitura escrita com dor


Escrito Por: Marlene Silva
20'Mai'11 



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